* AINOR LOTÉRIO
Acorde! Viva! Tem gente ao seu lado que não vai mais estar aqui se você demorar a despertar. Tenho amigos que quando despertaram para o amor, o seu amor já havia morrido. Agora é só saudades e depressão.
Não há nada mais reconfortante do que poder voltar para casa no final de um dia de trabalho, se estivermos de bem com a vida e com a nossa família.
Quantos lares desfeitos, quantas vidas sem sentido, quanto sofrimento desnecessário (se é que há sofrimento necessário!) por falta de entendimento da missão e importância da família na formação de uma sociedade melhor. Sei que tudo o que possamos dizer aqui poderá não passar de aconselhamento barato para quem não vê isso com um profundo olhar de pai, mãe ou filho. Mas entendo que as autoridades envolvidas em programas de assistência às famílias necessitadas sentem no coração e na alma o que estou dizendo. Eles entendem que precisamos fazer um grande mutirão em favor da família.
Quanto maiores forem os problemas fora de casa, mais valorizamos a nossa família. Basta abrirmos a porta e veremos o quanto nós protegemos o que é nosso, não deixando os problemas da rua (drogas, violência, má formação etc.) adentrarem nosso lar.
Se as aves constroem seus ninhos em finos galhos e nos ocos de velhas árvores é porque desejam segurança e aconchego para seus filhotes. Fala-se em lar como ninho ou nó porque desejamos tranqüilidade e segurança para o círculo familiar. Mas isso não se consegue no isolamento. Uma família é um ninho e esse ninho é uma estrutura que deve ser construída para que ali se ponham os ovos da nossa esperança, os quias possam favorecer o desenvolvimento e a evolução dos nossos filhos.
Precisamos, mais do que construir muros altos, instalar sistemas de segurança e pagar vigias para rondarem nossas casas, promover a segurança por meio do aconchego familiar e de uma boa educação, tendo em vista o relacionamento amigo com a escola e as estruturas sociais de apoio.
Família é nó porque é no seio dela que se inicia a segurança dos filhos. Os problemas de rua são em grande parte os que escapam de dentro de casa, especialmente quando as famílias não se preocupam com o crescimento, o comportamento e a educação dos filhos.
FAZER UM FILHO POR INTEIRO
Fazer um filho no sentido da reprodução humana é fácil, qualquer um pode fazer. Fazer um filho por inteiro, pensando em lhe oferecer ninho (aconchego) e nó (segurança) é para quem sente a responsabilidade dos seus atos por inteiro. Com a família não se brinca, ainda mais quando cuidado e afeição se devem aos nossos filhos.
Como há uma ligação em tudo, todo o filho bem educado refletirá isso na sociedade e o contrário também. Dizer que você não tem nada a ver com a educação dos filhos da humanidade é ignorar que a violência, a degradação ambiental (promovida pelo ser humano) não terão nenhuma influência sobre sua vida ou dos seus. É só falácia a música que diz: “se eu bebo é problema meu”. Ao contrário, quando um pai bebe, por exemplo, o problema é da esposa, dos filhos e dos pratos.
Que tal apertar o nó da responsabilidade para segurar a família em seu lar?
Um nó é um laço apertado que se dá para segurar algo. Um nó é um método de apertar ou segurar alguma coisa que muito queremos manter conosco. Um nó só poderá ser dado com um material flexível como a corda, para se dar a amarração e o intrelaçamento. Não dê “ponto sem nó” na hora de formar uma família, ter filhos e criá-los, pois, por meio de laços estreitos estaremos fortalecendo também a rede social.
A FAMÍLIA ESTÁ EM ALTA
Você já ouviu falar disto? Tem capacidade, tem inteligência, mas não tem vontade? Será que (alguém) vai dar em alguma coisa? É preciso tirar as “nádega” do assento e colocar a cara ao vento! Nada se mantém em alta se não nos deixarmos impulsionar.
A família está em alta no conceito de todos aqueles que entenderam seu singificdado.
Os problemas que estão entrando em muitas casas são aqueles que deixamos entrar pela própria porta do descuido, da falta de acompanhamento e vigília.
Se o mundo nos oferece mais drogas, de outra parte, também nos oferece mais oportunidades e saídas, desde que apostemos na família.
Apostar na família é não entender que os problemas que ela enfrenta hoje são da sua própria essência, mas compreender que a grande maioria deles permitimos que adentrassem nossa porta e tomassem conta do nosso lar.
Como qualquer empreendimento, a família precisa de planejamento, organização e manutenção. Especialmente ela necessita de muita vigília dos pais, além de tornar os filhos, sejam eles poucos ou numerosos, em vigias da sua própria vida e defensores do lar materno.
O mundo está com as portas abertas esperando qualquer um para se servir do seu prato. De bom alvitre é saber se servir do melhor, não daquilo que cause congestão familiar.
DE PRATO FEITO A BUFFET
Podemos comparar a vida com um prato feito e um buffet. Um prato feito é uma modalidade de refeição do qual você come o básico: arroz, feijão, salada e carne, pois ele já está feito. Já o buffet ou o self service são tipos de serviço a partir do qual podemos fazer nossas escolhas. Mas, notem que num restaurante ou num buffet de um evento especial, seviços onde se oferecem diferentes alimentos, as pessoas que não sabem como se servir vão até a mesa e enchem seu prato exageradamente. No ato de se servirem por conta própria, e motivadas pelo próprio gosto, elas comem o que lhes apetece, porém nem sempre o que realmente nutre. Além de errarem na quantidade, também erram na qualidade, ou seja, no valor nutritivo e calórico da refeição. Comem só o que é saboroso, esquecendo-se de que o que não é saboroso pode ser muito mais necessário para equilibrar sua dieta alimentar. Como dissemos, essas mesmas pessoas não têm dificuldades quando vão se servir em um restaurante que serve prato feito.
Na vida cotidiana acontece semelhante coisa: cada um se serve de acordo com seu apetite e sua capacidade de escolher.
O mundo é um buffet ou um self service para quem quiser. Há quem prefira se servir de violência, maus relacionamtentos, superficialidades, banalidades, alimentos ruins, drogas etc. Mas há os que pensam antes de ingerirem algo. Estes escolhem o que é eficaz para a sua vida, sem se esquecerem de vidas que podem ser influenciadas pela sua atitude.
Há sempre um mundo de ofertas boas e ruins e cabe a cada um saber escolher. A palavra escolha deve ser ensinada antes da palavra decisão no seio das famílias. Antes de decidir o que comer, com quem se relacionar, o que fazer, é inteligente saber quais as possibilidade disponíveis, os caminhos possíveis e os recursos de que dispomos.
Isso também é válido no seio das famílias. Assim vamos preparando a nossa própria sucessão neste mundo, tema tão falado em empresas e propriedades agrícolas, quando os pais veem que seus dias de aposentadoria estão chegando, mas nem sempre enxergam nos f ilhos gosto, vontade e capacidade para dar continuidade a sua atividade ou negócio.
* Palestrante especialista em motivação humana, MSc em Gestão de Políticas Públicas/Instituições, cultura e sustentabilidade –www.ainor.com.br
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