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OS TEMPOS SÃO OUTROS: Linguagem e comunicação na diversidade humana – Motivação e Inteligências Múltiplas/Trabalho em Equipe – Apae Pomerode

OS TEMPOS SÃO OUTROS. QUEM NÃO SE ADEQUAR A LINGUAGEM INCLUSIVA TERÁ SÉRIAS DIFICULDADES NO MOMENTO DE TRABALHAR COM PESSOAS/EQUIPES.

Aprender uma nova linguagem para esses tempos de diversidade humana, ou seja, da nossa casa comum, é fundamental para o bom convívio em todas as áreas do viver.
Quem não deseja se relacionar bem consigo e com os outros?
– Só os que ainda conservam em suas mentes essa desconsideração para com os atingidos, imaginando que o que vinha sendo utilizado há anos possa continuar em uso. Bom é entendermos que as pessoas ficam enfezadas, opa! essa palavra não serve, pois denota um profundo preconceito para com os escravos que deviam retirar as fezes dos drenos dos fundos das casas e, por essa razão, acabavam sujos de fezes. Que horror!

Foi o que amargamente, mas bem disposto e de modo sincero, aprendi durante a preparação, ministração e avaliação da Palestra Motivação e Inteligências Múltiplas/Trabalho em Equipe – Apae Pomerode (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Pomerode
Entidade Mantenedora do CAESP “Egon Kühn”).

Que providência tomei? Solicitei uma avaliação criteriosa e ao receber o texto fiquei mais preocupado ainda. Em seguida solicitei uma reunião com o mesmo grupo, com aquelas pessoas que me assistiram, as que desejassem estar numa roda de conversa comigo sobre o assunto. Parte do grupo que participou da palestra lá esteve e puderem falar livremente sobre tudo o que houve (insinuações machistas, brincadeiras homofóbicas, ficando também evidente a intolerância religiosa, etarismo, etc.), sem me defender e/ou justificar, mas aprendendo que se fazia necessário me ressignificar, a exemplo do que o grupo postou em sua mensagem. O objetivo foi aproveitar a oportunidade (que poderia ter sido apenas um problema) e aprofundar o tema com esses professores (tornando tudo numa opourtunidade de conhecimento), dirigentes, técnicos e colaboradores dessas instituições de ensino voltadas às pessoa com deficiência.
Agindo assim, muito aprendi com um grupo de professores, dirigentes, servidores e servidoras da APAE – Pomerode-SC. Lá, quando da realização da palestra motivacional sobre inteligências múltiplas, objetivando o bom início do ano, acabei por ofender algumas pessoas pelo uso de expressões “aparentemente inocentes” (Ainor Lotério). 

Mesmo com o ocorrido, o grupo me avaliou positivamente no dia, inclusive enviando mensagens em vídeo, deixando expressa “a oportunidade de aprender conosco, mas também de sentir abertura em oferecer aprendizado”. Esse foi o ponto alto, especialmente celebrado quando conversamos face a face, ouvindo atentamente e aprendendo sobre o novo momento. 

Devemos (é difícil) aprender com os próprios erros e dar liberdade às pessoas da sua família, amigos, círculos de trabalhos, igrejas, eventos e demais momentos sociais para que avaliem seu modo de falar.

Usemos nossas inteligências múltiplas na escolha de palavras e expressões que não sejam preconceituosas, ofensivas a indivíduos ou grupos ou que possam representar atentado à igualdade entre os cidadãos, pois essas palavras e expressões estão sendo repensados e banidos do nosso vocabulário. De igual modo, a pessoa com deficiência e qualquer outra pessoa tem nome, sobrenome e dignidade a ser respeitada.

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As palavras que, no passado, mesmo com duplo sentido, preconceito de qualquer tipo ou por prepotência mesmo eram pronunciadas (ex.: mercado negro, denegrir, criado mudo, inveja branca, opção sexual, etc.), hoje não comunicam mais, só atrapalham o convívio e dificultam o relacionamento humano. E isso faz sentido? Faz e muito. Quem estuda a origem e a intenção de uso dessas palavras, especialmente colocadas em frases e contextos, percebe que a intenção não era (e pior hoje) boa. No mínimo ganharam, ao longo do tempo, um uso mais, digamos, inocente. Contudo, os atingidos com essas palavras e expressões sentem o peso das palavras agora inadequadas (outroras muito utilizadas) e dos ofensivos preconceitos e execráveis humilhações.

“A linguagem inclusiva evita o uso de palavras, termos e expressões que possam reforçar estereótipos, preconceitos ou discriminação. É uma forma de comunicação que busca promover a inclusão e a representatividade de todas as pessoas”, conforme podemos ler no Manual de Comunicação da Secom/Senado Federal.

COM QUEM E COMO PODEMOS APRENDER ESSA NOVA LINGUAGEM INCLUSIVA?

Estudando muito, conversando sem preconceito, com a mente e o coração abertos às pessoas diversas de nós, de modo a não criarmos adversidades, mas aprendermos com a diversidade, pois ela é humana.

Entender que a diversidade já é algo próprio e fortalecedor da natureza, onde uma área de vegetação natural, ou seja, com várias espécies diferentes convivendo na mesma gleba (encosta, baixada ou topo de montanha) é mais resistente às mudanças climáticas que uma área desmatada e cultivada com uma planta só. O fato de ter uma planta só sendo cultivada, isso por razões comerciais, a deixa vulnerável a pragas. O que queremos dizer é que cabeça que se deixa cegar é como uma área pouco natural, sem o conhecimento das raízes diferentes de mais espécies. Isso é como se tivesse uma praga, ou seja, uma forma de pensar ensimesmada, onde o indivíduo se comunica sem empatia, pouco se importando com os sentimentos e a condição dos outros.

 

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