Nesse artigo, de caráter reflexivo e motivacional, procuramos responder aos seguintes questionamentos do tempo atual:
1- O que deve crescer dentro de casa para fazer da família uma célula amiga do corpo escolar?
2- O que deve ser agregado na escola para que as famílias se sintam cada vez mais coautoras da educação da sua prole?
3- Como estruturar uma proposta de educação que transforme a família em parceira e cooperadora da escola, uma vez que a escola é composta pelos filhos das famílias?
Algumas considerações importantes:
– Observamos certa crise de valores vivenciada por muitas famílias no cenário atual, onde pais e mães estão perdendo a autoridade e a liderança no lar. Isso nos dá a impressão que os alunos são mais filhos da escola do que das famílias.
– Não há mais a família de “antigamente”, mas vários tipos de família. Causas sociais, culturais, econômicas, afetivas, espirituais e tecnológicas explicam muito dessas novas configurações. Mas o fato é que essas mudanças nos colocam novos desafios, entre eles o resgate da participação da família na vida escolar de seus filhos.
– A escola jamais substituirá as famílias e as famílias jamais conseguirá substituir a escola. Cada uma dessas distintas instituições possui um papel forte e decisivo na vida das crianças, sendo a família a primeira escola e a escola a segunda família.
– Há certa unanimidade quando se pronuncia a frase: “a educação deve começar em casa”, sendo que a escola deve ser a repassadora de conhecimentos que instrumentalizem a criança para a vida profissional e social. Que possa ela receber uma formação que a torne cidadã consciente, conhecedora dos seus deveres e capaz de lutar por seus direitos.
– Pais amigos da escola sabem que um filho (uma criança) é uma joia rara e que merece de quem o gera/ou cuida todo o empenho, investimento e amor. Sabem que valorizando a família (“nosso maior patrimônio”) e despertando o “ser amigo” da escola (“patrimônio de todos”), a escola entrega uma educação de qualidade aos educandos. O certo é que quando mais as famílias participarem das atividades da escola, iniciando-as dentro do lar, elas passam a contribuir efetivamente para a construção de um futuro mais justo e feliz.
– Família amiga da escola é aquela que entende que a educação do seu filho é tanto mais eficaz, quanto mais ela cooperar com a escola.
– A família amiga da escola sabe que a missão dos professores e professoras é levar conteúdo, conhecimento e entendimento, de modo a desenvolver dons e talentos, além de gerar habilidades profissionais e de convívio social. Não foge ela da sua responsabilidade: repassar princípios e valores morais e éticos.
– Um amigo não é apenas um voluntário, mas uma pessoa que mantém um relacionamento de afeto, consideração e respeito por outra pessoa, protegendo-a e fazendo o possível para ajuda-la sempre. Logo, quem não mantém essa ligação com relação à escola do filho, não pode ser considerada amiga da escola.
– É frequente o caso de pais e mães que praticamente não cooperam com a escola, mas exigem que a mesma transmita “educação completa aos filhos”.
– Sabemos que princípio e valores relacionados à obediência, respeito aos mais velhos, consideração pelos professores, simpatia e solidariedade para com outros, disposição para o trabalho em grupo, etc, devem nascer e crescer dentro de casa.
(Confira abaixo o vídeo realizado pelo Palestrante sobre uma didática que estimulou e facilitou no processo de educação e interação dos alunos na Escola de Educação Básica Araújo Figueiredo, em Urubici, SC. Veja também a grande repercusão na fanpage do Professor, CLIQUE AQUI).
– Há a necessidade de firmeza de propósitos e coragem para educar sem rodeios.
– A constante busca da evolução faz da família uma célula cada vez mais fundamental para o progresso social de maneira harmônica, duradoura e sustentável.
– Educadores, pais e filhos, ajamos em cooperação: mais do que um por todos e todos por um, um por todos e todos por todos!
– Misturemos as mãos nesse aperto em favor da educação da nação!
AINOR FRANCISCO LOTÉRIO – Palestrante e escritor, engenheiro agrônomo, pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior, Gerenciamento de Marketing, Psicopedagogia, Mestre em Gestão de Políticas Públicas/Instituições, cultura e sustentabilidade e acadêmico de Teologia.