Amar e Servir Permanente a Deus – Ainor Lotério é ordenado Diácono pela Igreja Católica, Arquidiocese de Florianópolis.

MERGULHAMOS EM CRISTO, UM PELOTÃO DE MAIS DE CINQUENTA HOMENS, PARA CAMINHARMOS NO CHÃO DO CAMINHO, DA VERDADE E DA VIDA.

Foram 11(onze) Encontros, alongados pela primeira vez na história da Escola Diaconal São Francisco de Assis, Arquidiocese de Florianópolis, em função de uma pandemia, e mais de 5 anos (1867 dias) de estudos, orações, isolamento (máscara e álcool) e preparação teologal e espiritual para chegarmos nesse dia.   Todavia, “tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todas as coisas debaixo do céu” (Ecl 3,1).

Fomos testados, houve desistências, perdas de entes amados, nascimentos de novos, porém, “o amor é paciente, é bondoso, alegra-se com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Cor 4-7).

Após a formatura na Escola Diaconal São Francisco de Assis, com sede em Florianópolis, houve a ordenação como Diácono Permanente.

Representando os formandos como orador da turma, Ainor Francisco Lotério, com fé, destemor e doação assim ase expressou: “Senhor, fazei que nossos irmãos e irmãs vejam em cada um de nós um Instrumento de ação, através dos dons do Espírito Santo: fortaleza, sabedoria, inteligência, conhecimento, conselho, piedade e temor a Deus, promovendo tua justiça e paz!”

MAS O QUE É E O QUE FAZ UM DIÁCONO PERMANENTE?

O Diácono é uma pessoa comum, saída do canteiro dos leigos, mas deve ter na mente e no coração que tem em si a dimensão da Igreja Católica, Apostólica Romana, para ser servidor de Jesus Salvador, sendo servo dos servos: “Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”(Mc 10, 45).  Ele deve cumprir nosso triplo encargo de pregar com autoridade a Palavra de Deus, ajudar o bispo e os presbíteros nas celebrações e pôr-se a serviço do povo cristão nas obras de caridade.

Segundo a CNBB-Comissão Nacional dos Bispos do Brasil, a qual concede Identidade Eclesial aos Diáconos Permanentes, “a presença dos Diáconos Permanentes na Igreja, ao lado de tantos outros ministérios do povo de Deus, contribui para um melhor atendimento pastoral dos fiéis, para uma evangelização mais eficaz, porque feita por pessoas inseridas nas comunidades e pelo exercício mais partilhado do poder sagrado na Igreja. Em síntese, para uma Igreja em comunhão e participação.”

Os diáconos fazem parte do clero e podem ser casados. São formados e ordenados para atuarem com fé, esperança e amor junto às comunidades cristãs e de um modo geral. Essas comunidades estão redescobrindo esse grande sinal concreto do amor de Deus na Igreja, o diaconato permanente, restaurado pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, em 1964, onde se aprovou a seguinte resolução: “O Diaconado (ou Diaconato) permanente poderá ser restaurado como um grau próprio e permanente da hierarquia. Pode ser conferido a homens de idade mais madura, mesmo casado” (LG, nº 74).

O que muitos não sabem é que os diáconos já existiam no tempo dos apóstolos e tinham uma função bem específica, diferente do sacerdote e do bispo, mas também participam do sacramento da ordem.

“Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, os Doze convocaram uma reunião e escolheram sete homens de boa reputação, dispostos à prática da oração e da caridade, para colocarem suas vidas a serviço de Deus, Nosso Pai, em nossa comunidade, iniciando por atender as mães das mais diversas origens, como requer o mundo hoje.

Assim diz textualmente a Bíblia, em Atos dos Apóstolos, capítulo 6, versículos de 1-6: Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

A SEGUIR ALGUNS TÓPICOS SOBRE A VOCAÇÃO DIACONAL, AGRADECIMENTOS E O DESEJO DE SERVIR, ATUANDO COMO FILHO DO HOMEM E FILHO DE DEUS:

Nós sempre cultivamos o sincero desejo de comer essa Ceia do Senhor com vocês nesse dia.

“Se, porém, não agrada a vocês servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir; eu e a minha família serviremos ao Senhor.” (Jos 24, 15). Criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Vós (S. Agostinho).

Deus, meu Deus, esse ninho e nó da sociedade, as nossas famílias, são o nosso apoio, nosso alicerce e a célula da nossa fé.

Mãe, minha mãe, nossas mães, Mãe de Jesus. “Maria, nossa Mãe Maria, queremos te falar de amor”.

Pai, meu pai amado, Josés de Maria, todos os pais, queremos-lhes do mesmo amor.  “Que a família comece e termine sabendo onde vai, e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai”.

Em vocês, Deus Pai nos amou sem medida: “Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe eu te consagrei” (Jer. 1, 4). 

Nossos irmãos e irmãs, cunhados, cunhadas, filhos e filhas, netos, bisnetos e todos que fazem parte da nossa vida familiar: continuaremos dizendo, cada um na forma de um canto no seio de cada lar: “Vou cuidar da minha família, quero seguir a trilha do amor e da verdade, quero sentir saudade quando lá eu chegar”.

Nossos amigos e amigas, madrinhas e padrinhos, irmãos e irmãs espirituais, leigos e das pastorais das nossas Igrejas Particulares, obrigado pela atenção, às orações e o amor que nos tornaram seus próximos em Cristo.

Rendemos graças a deus pelos frutos que a condução do Pe Valter Maurício Goedert, do modo fraterno, incansável e amigo, durante toda a formação diaconal nos proporcionou.

À CADIP – Comissão Arquidiocesana do Diaconato Permanente, com reconhecimento pelo emprenho de toda a diretoria, através do nosso irmão Diaconal Vilson Alfredo de Freitas.

Aos Párocos, vigários e sacerdotes que nos identificaram, juntamente com nossas comunidades paroquiais, como vocacionados para o Diaconato Permanente. Obrigado a todos, sem preferência ou reserva, mas tomo a liberdade e autorizado por meus amados colegas de Escola, vocês, padres são instrumentos de Deus em nossa jornada, na pessoa do nosso incansável irmão em Cristo, Pe Márcio Alexandre Vignoli.

Louvamos a Deus pela vida de nosso Dispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, que com sabedoria, firmeza, olhar serenos e paternal, nos encantou e fez de nossas esposas suas admira­doras filhas diaconais.

Bendito seja sempre o Papa Francisco, que nos aponta uma Igreja Sinodal, escutando o Senhor ressuscitado, que nos convida a recomeçar, a jamais perder a esperança, caminhado juntos como Povo de Deus, em comunhão, participação e missão.”

Às esposas, rainhas dos nossos lares, sacerdotisas das nossas igrejas domésticas, lembramos o Cântico dos Cânticos: dois amantes que se buscam, que se olham, se contemplam e entregam para uma aliança de doação, compreensão e amor vigoroso na fé em nosso Salvador.

Estamos preenchidos pelos sacramentos de Deus (instituídos por Jesus Cristo para dar, confirmar ou aumentar a graça): o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio, cada um dos ritos sagrados.

Eis-me aqui, Senhor, para fazer tua vontade e viver do teu amor, “pois em ti estão as nossas fontes” (Sl 87, 7), em obediência a ti, através da nossa Santa Madre Igreja.

Criai em cada um de nós um coração que seja puro e dai-nos sempre um Espírito Decidido na construção do teu Reino, Senhor.

“Olhai (disse São Estevão), eu vejo o céu aberto e o Filho do Homem de pé, ao lado de Deus” (At 7, 56).

Senhor, fazei de cada um de nós um Instrumento de tua justiça e paz!

Os pobres são as estrelas e os tesouros da Igreja. São Lourenço, diácono e mártir, Patrono dos Diáconos, santo feliz, rogai por nós!

“Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’” (Hb 3, 13)

OBRIGADO, DEUS PAI ONIPOTENTE, POR ESSA GRAÇA ALCANÇADA!

FAZEI DE CADA UM DE NÓS, NO MUNDO EM QUE VIVEMOS, UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

OBRIGADO, DEUS PAI ONIPOTENTE, POR ESSA GRAÇA ALCANÇADA E FAZEI DE CADA UM DE NÓS, NO MUNDO EM QUE VIVEMOS, UM INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ!

/:Graças dou por essa vida, pelo bem que revelou. Graças dou pelo presente e por tudo que passou.

Pelas Bênçãos derramadas, pela dor, pela aflição, pela graça revelada, graças dou pelo perdão!:/

 

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