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6 ESTILOS DE LIDERANÇA PARA OS DIAS ATUAIS

Vivemos tempos de correria, onde alguns sequer sabem para onde estão corrente. Desse modo, o papel da liderança se amplia para orientar a caminhada dos liderados.

Liderar é a habilidade de motivar, capacitar, refletir, alegrar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos comuns. Trata-se de uma habilidade a ser cada vez mais desenvolvida, especialmente no mundo atual e no seio das corporações, onde as influências de fora são cada vez mais fortes no lado de dentro. 

O líder deve ter em mente que as pessoas são a riqueza essencial de qualquer empreendimento e são elas que fazem os processos seguirem com qualidade ou não. São elas que por meio da sua criatividade, do seu comprometimento e do seu labor contribuem efetivamente, para com a organização e para com a equipe. Mais que capital (algo que parece ter apenas um valor monetário ou dá despesas), devemos considerar a excelência humana, que deve ser valorizada para unir o grupo ao redor de um objetivo comum.

Num processo acolhedor de liderança, cada um pode e deve se questionar:

Até que ponto contribuo para o resultado do empreendimento que estou a liderar?
-Quando a minha ação como líder imprime reflexo positivo no trabalho do grupo?
-Sei qual o objetivo a ser atingido?
-Preocupo-me constantemente em como melhorar a gestão das pessoas que estão sob a minha liderança?

Cada líder precisa estar cônscio do seu estilo de liderança, uma vez que os liderados, muito embora, às vezes, não saibam o caminho a ser seguido, são extremamente questionadores. Cada estilo de liderança tem um efeito junto aos liderados. Daí a importância de adotar o estilo adequado para poder coordenar e dirigir as ações de cada equipe, grupo, plateia ou povo para os resultados esperados.

Dentre os estilos de liderança podemos destacar os seguintes: 

  1. Liderança autocrática, diretiva ou autoritária: toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados; determina qual o seu companheiro de trabalho; é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas.
  2. Liderança democrática, participativa ou consultiva: voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório; as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder; o líder é reconhecido e procura ser um membro normal do grupo.
  3. Liderança liberal ou “Laissez faire”: dá liberdade na execução dos projetos (“deixai fazer, deixai ir, deixai passar”); ideal para equipe madura, que não necessita de supervisão constante; pode ser indício de negligência e fraqueza, onde podem passar falhas e erros.
  4. Liderança paternalista: pode promover a atrofia da liderança, onde o Líder e sua equipe têm relações interpessoais similares às de pai e filho; não é o modelo adequado, pois desequilibra a relação entre o líder e os liderados.
  5. Liderança por ideal: conduz por meio das convicções e valores, sem desmerecer os liderados; gera um ambiente de participação e integração dentro do grupo.
  6. Liderança por amor, o exemplo de Jesus: vai além de todos os estilos acima mencionados, gerando comunhão entre os liderados; tem um o que abarca a diversidade; motiva o bem viver; acolhe a todos até o limite do seu aprendizado; procura desenvolver cada vez mais a competência social e a sensibilidade solidária, pois entende que a sociedade é maior do que o mercado, e que seus liderados têm sonhos e amam. É um estilo comprometido com a causa (“o reino da corporação e o plano de salvação profissional de cada um”); não se envolve em fanatismo, mas age com fé na promoção do outro, não levando a ele dor, mas amor (amor altruísta que desperta o amor próprio e motiva as pessoas pelo dever de forma abnegada); é o estilo em que o líder demonstra sentimento de carinho e afeto para com as pessoas que possuem a capacidade de demonstrá-lo.

Esse compromisso com o todo ajuda a levar o líder a conduzir as pessoas para a meta certa, com ideal, transformando-as em seguidoras conscientes de boas empreitadas. Empreitadas que envolvem a missão e os valores da empresa ou lugar que se trabalha.
           

Colaboradores e liderados que geram resultados idealizados positivamente são aqueles que se percebem valorizados pelo líder. Só uma liderança efetivamente compromissada com aquilo que faz pode conquistar o coração e a fé do grupo para o propósito central de qualquer negócio. Não se trata aqui de pregação religiosa, mas de espiritualidade da liderança, de modo a entender que “há um só corpo, e um só espírito, e uma só esperança para a qual vocês foram chamados” (conforme apóstolo o líder e escritor sagrado, Paulo de Tarso, aos Efésios 4, 4).

No fundo ou no “frigir dos ovos”, toda a liderança age em torno do plano de atuação, ou seja, de salvação do negócio ou empreendimento. E que a pratica deve agir como um mestre, aquele que junto segue “um caminho de verdade e vida”, não de conflitos e exploração. E isso requer acolhida e postura amorosa para com todos

A acolhida do liderado acontece quando nos sintonizamos e agimos de forma recíproca, ou seja, como líder não levamos ao liderado a dor que não podemos e não queremos suportar, mas levamos a ele a amizade, a paz, a simpatia e a solidariedade que queremos ter em nossos momentos de dificuldade e em todos os tempos.

Por isso, ver, pensar, sentir, decidir e agir com justiça é fundamental para que possamos tornar nossa jornada como líderes cada vez mais uma ação que promova a todos é fundamental.

Ainor Francisco Lotério