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Palestra: CULTURA ORGANIZACIONAL E ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA CONTEMPORÂNEA (CNAC)

Trata-se de uma palestra (tanto presencial quanto virtual) onde nos propomos a identificar as consistências e inconsistências nas conceituações de espiritualidade no campo organizacional contemporâneo. Foi realizada pela CNAC – Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa, em parceria com a IN COMPANY Eventos e Treinamentos.

Porque estamos aqui e como enfrentar os desafios dos tempos atuais?

Visando responder à essa pergunta e outros questionamentos dos participantes, o conteúdo versou sobre o fato de que a espiritualidade é a crença em algo, a fé em uma entidade espiritual que, quando vivenciado (sem imposição ou pregação) nas organizações, proporciona bem-estar entre os colaboradores, tornando o trabalho menos oneroso e mais prazeroso. Todavia, necessário se faz internalizar nos indivíduos e na equipe que a vivencia da espiritualidade na organização não significa doutrinação, mas cooperação na diversidade.
Sabemos que o tema espiritualidade ainda é visto com certa desconfiança nos ambientes organizacionais, devido a associação da espiritualidade com religião e a certo fanatismo e pregação pouco fundamentada.

Como o profissional de hoje pode desenvolver a sua espiritualidade independente de sua religião?

1.Buscar um equilíbrio emocional nas suas ações diárias.

2.Desenvolver a sua fé com atitudes verdadeiras e coerentes.

3.Viver mais em harmonia com todos a sua volta

4.Praticar o Espírito de Equipe …

5.Verificar onde estamos falhando e o que nos falta para termos mais sucesso pessoal e profissional.

6.Harmonia “oracioal” (íntimo e universo). E vale apenar lembrar que a oração diária, feita do seu íntimo, também ajuda e muito o ser humano viver em total harmonia consigo mesmo, com Deus e com o universo a sua volta.

7.CONHECER E PRATICAR OS VALORES E PRINCÍPIOS COOPERATIVISTAS.

“Um ambiente organizacional mais saudável, no qual o trabalho alimenta o corpo, a alma e o espírito do indivíduo, pois ““todos os dias nos vemos surpreendidos por esse mundo mutante e nos sentimos traídos, pelo fato de não ser tudo estável, com cada coisa no seu lugar, como antigamente”(Moggi e Burkhaard)“, o que nos causa insegurança e cansaço, razão pela qual nos é apropriada a buscas de apoio nos valores da espiritualidade, ou seja, na subjetividade das pessoas e da comunidade empreendedora.

“A Cultura Organizacional é o espírito humano da empresa contemporânea e é um recurso diferencial e estratégico na busca de competitividade, que define como a sua empresa se posiciona e se diferencia no mercado, sua condição do tempo atual (entender o que é e como funciona, identificar os tipos presentes na empresa e promover mudanças para fortalecê-la). É ainda o modo de viver, os comportamentos, tradições e conhecimentos, a linguagem, comidas, religiões, música, artes, vestimenta, etc., os símbolos, significados e valores (informais e regras), a influência no cuidar, cultivar, responder e crescer, o conjunto de artefatos e elementos materiais e as interações sociais (intergeracional)

Desde a Revolução Industrial somos bombardeados com a mensagem de que para sermos pessoas felizes, bem sucedidas e plenas, devemos ganhar muito, consumir muito, primar pelo lucro, explorar o outro (mesmo que pareça inocente) etc. Porém, a consciência de que somos uma casa comum e que um ambiente de fraternidade é mais fortalecedor e produtivo, renova-se a busca pela espiritualidade. “Nos últimos anos, um momento coletivo promove um olhar de olhar menos atento e autocentrado, capaz de enxergar a nossa última relação com o mundo e com as pessoas de nossa maneira mais eficiente.”

Essencialmente, a espiritualidade deve abordar os princípios e valores que regem a conduta humana no contexto da organização (empresa e empreendimento). Nesse âmbito entram: o propósito da empresa contemporânea; a inspiração da confiança da sociedade no cooperativismo; a missão de realizar a prestação de serviços de auditoria com excelência, contribuindo para o aprimoramento das linhas de gestão e o fortalecimento dos negócios do cooperativismo; a visão como necessidade de ser reconhecida pela qualidade e credibilidade na prestação de serviços de auditoria para as organizações; os valores (ética, profissionalismo, comprometimento, reconhecimento, solidariedade, transparência, cooperação, honestidade, qualidade, entre outros). 

A espiritualidade deve ser entendida como a crença em algo, seja natural ou sobrenatural, quando fornece ao sujeito uma orientação moral sobre o que fazer diante de situações complexas, mas que cabe a ele decidir.

Essa espiritualidade tem uma consciência coletiva, cooperativa e se interessa pelo outro, levando a convivência e labor em espírito de equipe. Todo colaborador que desenvolve a espiritualidade, poderíamos dizer, tem facilidade para o trabalho com os outros, pois ninguém se basta a si, uma vez que nossa realização depende do outro, mesmo que seja par consumir o que produzimos, ler o que escrevemos ou ouvir o que falamos, etc.

A ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA CONTEMPORÂNEA está presente naturalmente, respeita e adapta-se à diversidade de crenças, pois você não é um ser que controla plenamente suas gavetas, mas age com a consciência do arquivo todo. Aspectos subjetivos seguem da casa à empresa e a humanização e conformidade com nobres interesses conecta os sujeitos colaboradores às empresas. isso promove uma imagem social positiva focada no bem comum, fazendo com que ocorra integração e harmonia com a “casa comum”.

A espiritualidade na empresa contemporânea compreende: 

1.Experiência que transcende o processo de trabalho, proporcionando sentimentos de alegria e plenitude.

2.“Energia” que motiva e orienta os colaboradores da empresa

3.“Alma” da Empresa que se alinha a dos seus colaboradores

4.Cria conectividade e motiva a buscar valores e interesses

Alguns desafios para a implantação da espiritualidade nas empresas contemporâneas nos levam a entender que ela deve ser um caminho de aceitação das várias perspectivas de como cada um se relaciona com o metafísico e o energético:

1- Para alguns a espiritualidade se traduz na relação com uma força exterior.

2-Para outros se traduz na relação com instâncias mais profundas de si mesmo

3-Outros tantos navegam nessa discussão experimentando distintos olhares.