Ainor Loterio - Cursos, Palestras e Treinamentos

PALESTRA “ENVELHECER COM SABEDORIA, O QUE A VELHICE NOS ENSINA.” – SEMINÁRIO DE SAÚDE MENTAL EM ALTA: EPIDEMIA OCULTA DE TRANSTORNOS MENTAIS – SÃO PAULO-SP.

NA PALESTRA “ENVELHECER COM SABEDORIA, O QUE A VELHICE NOS ENSINA.”, apresentada no seio da vasta programação do SEMINÁRIO DE SAÚDE MENTAL EM ALTA: EPIDEMIA OCULTA DE TRANSTORNOS MENTAIS, realizado em SÃO PAULO-SP, na Sede do Tribunal Regional do Trabalho, o tema focou a sabedoria e o ensinamento que o tempo pode dar ao ser humano que tem o privilégio de viver uma longa vida.

Objetivo da palestra: demonstrar que é possível se fazer a melhor colheita possível ao longo da vida, transformando a idade avançada num porto seguro e de felicidade. Não que a terceira idade seja sempre sinônimo de melhor idade, mas para quem nasceu há muitos anos (os idosos atuais) as políticas públicas e iniciativas comunitárias contemporâneas (em favor dos idosos) representam avanços.

ENVELHECER BEM:  UM MOVIMENTO BEM PENSADO.
Quanto mais individualistas se tornam as relações humanas, mais importância é atribuída ao amor como uma fonte suprema de felicidade e reconhecimento. É oportuno contemplar o corpo humano por inteiro (cabeça, tronco e membros) e não dividi-lo por partes como se faz comumente na medicina.

Durante a palestra procurou-se ainda motivar o público da área do direito trabalhista à sensibilização para a longevidade humana como um arrojado movimento de transformação da pirâmide e relações sociais e econômicas, através dos seguintes pontos:

-Conceito positivo e ativo de envelhecimento, orientado ao desenvolvimento (consciência coletiva para investir e valorizar).

-Valorização da jornada, homenagem pelo legado e motivação humana intrínseca e extrínseca: não se pode ser novo fisicamente o tempo todo, mas se pode estimular todas as gerações a bem viver sempre.

-Considerações sobre uma existência que fale ao mundo que viver vale a pena.

-O fenômeno da longevidade humana na sociedade contemporânea e “o que fazer com os anos a mais que ganhamos”

-Assistência, autorrealização e dignidade humana.

-Motivando reflexivamente sobre as saídas físicas, culturais, educativas e inclusivas com vistas à longevidade humana com vida de qualidade.

-Reflexão sobre a vida, levando em conta o que há de mais valioso, a verdadeira alegria.

-Dinâmicas de interação, musicalização e resgate cultural das épocas vividas, dando cor aos nossos dias, às nossas atitudes e decisões, fazendo da amada velhice uma grandiosa obra viva de arte.

NUMA SOCIEDADE EM QUE A VALORIZAÇÃO DO SER JOVEM E SARADO ESTÁ EM ALTA [OLHEMOS OS TELEJORNAIS, AS REDES SOCIAIS e até as expressões sociais das pessoas nos mais diversos espaços, o ser que teve a graça e sabedoria de envelhecer pode ficar no patamar do desvalor, deixando passar a chance de refletir e viver os benefícios que a velhice proporciona.

O envelhecimento acontece agora, a cada instante, sempre. Quem não quiser envelhecer, não gostar de idosos e pratica o etarismo está removendo o sentido e o valor do viver pleno, perdendo o significado profundo que a longevidade dá à vida humana.

O certo é que a cada novo dia estamos mais velhos, mais experientes, mais doentes possivelmente, mas isso não deve se transformar numa agonia ou fobia contra os anos que chegam.

Envelhecer, para quê? Para poder ter as oportunidades de ser sábio, experiente, consciente, de ser e fazer diferente, de ser a maiúscula diferença na família e na sociedade. Todavia necessário é desvincular-se do sofrimento, da ranzinzice e de tudo aquilo que, ao longo dos anos, pode ter sido dispositivo dessas mazelas (visões e sentimentos aceitos ou produzidos a respeito do envelhecimento).

Por que não dar mais vida aos anos que conquistamos?

O que fazer com os anos a mais que estamos tendo como fruto da qualidade de vida que estamos obtendo (alimentação, medicina, medicamentos, comportamentos, conhecimento etc.)?

DIANTE DO MODELO SOCIAL DE QUASE TUDO PÉ DESCARTÁVEL O SER IDOSO PODE FICAR TEMOROSO de viver. Em face de tudo isso envelhecer é a possibilidade existencial de promover uma virada e dizer ao mundo que viver vale a pena, dizendo isso com a própria vida.

“Viver é um barato e não podemos transforma isso em carestia”, diz Ainor Lotério, engenheiro agrônomo, filósofo e teólogo, com muita experiência no caminho do envelhecimento e estudos sobre o fenômeno da longevidade humana.

ENVELHECIMENTO: LIÇÕES DE SABEDORIA E EXPERIÊNCIA DE VIDA” (Joana Gontijo, jornal Estado de Minas):
– “Viver é preciso, envelhecer também é preciso. Os mais velhos têm muito a ensinar. É uma existência inteira de experiências acumuladas. Muito mais do que a busca por uma eterna juventude, chegar às idades mais avançadas é sinal de um caminho bem trilhado.”
– “O que se observa, em muitas situações, cita a antropóloga, são discursos sórdidos, recheados de estigmas, preconceitos e violências contra os mais velhos.”
-“Os velhos são considerados inúteis, desnecessários e invisíveis. Homens e mulheres mais velhos, que já experimentam uma espécie de morte simbólica, ficam desesperados ao constatar que são considerados um peso para a sociedade”

-“Os velhofóbicos estão construindo o seu próprio destino como velho, e também o destino dos seus filhos e netos: os velhos de amanhã.”

Portanto tratemos logo de envelhecer bem, aprendendo a ENVELHECER COM SABEDORIA, além de compreender o que a velhice nos ensina, pois a juventude é muito curta.  

Galeria de fotos e védio (palestra na íntegra) do evento

YouTube player