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Entenda mais sobre o Cooperativismo e sua Essência

Por Ainor Francisco Lotério

Entender sobre cooperativismo vai além de simplesmente obter conhecimento teórico. É necessário sensibilidade para a aplicação de sua essência, de seus princípios e valores, direitos e deveres, na prática social, econômica e sustentável.

Há os que entendem e guardam para si sem partilhar com os outros. Isto forma uma sociedade egoísta com pouca ou nenhuma inteligência cooperativa. O verdadeiro cooperativismo está diretamente ligado à solidariedade.

Quem vive de fato a essência cooperativista, primeiro cumpre seus deveres e depois exige seus direitos, pois sabe que essa essência é sinônimo de reciprocidade.

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Em nossas inúmeras experiências tanto no campo teórico quanto da prática, vemos muitos líderes que se dizem bons dirigentes, porém, acreditam que apenas os resultados econômicos sejam importantes e suficientes para seus associados. Esquecem-se do fato que a cooperativa deve se fundamentar nos interesses pela comunidade acima de tudo. Isso deixa claro que estes “bons dirigentes” ainda têm muito que aprender sobre o que realmente é o cooperativismo. 

Para dirigir cooperativas com excelência é necessário conhecer a fundo sua doutrina, valores, princípios, direitos e deveres. É muito importante também a compreensão da instituição cooperativa, que, independente do ramo, vai muito além dos resultados econômicos.

O grande foco do cooperativismo são as pessoas, os negócios que realizam, a economia que praticam e o engrandecimento do país onde vivem. Quem tiver esta visão, aí sim poderá se considerar um cooperativista.  E assim, será capaz de conhecer  e praticar seus valores e princípios (adesão livre e voluntária, gestão democrática, participação econômica dos membros, autonomia e independência, educação-formação-informação, cooperação entre cooperativas e interesse pela comunidade de atuação que hoje é cada vez mais global). 
Para conhecermos mais sobre os fundamentos do cooperativismo, confira: História do Cooperativismo e seus Princípios

Em resumo, o que se aprende dos princípios básicos para uma cooperativa socialmente justa, economicamente forte e sustentável, é que aceite o contrato social e seja solidária a todos, do início ao fim. Esse é o ponto de equilíbrio para desenvolvimento da sociedade e da comunidade.

Uma Cooperativa deve Orgulhar sua Comunidade

Ela deve orgulhar desde a comunidade da região de atuação, até a comunidade dos seus associados.

Para muitos parece obvia a afirmação de que um cooperativista pratique os pilares da cooperação na sua ação dirigente. Mas ainda, há dirigentes e colaboradores que atuam de forma egoísta, distanciando-se da essência do cooperativismo.  Felizmente, a maioria dos dirigentes, conselheiros, sócios e colaboradores internalizam os valores, princípios, direitos e deveres, enfim, a essência da doutrina como um todo e são exemplos espalhados por todo o Brasil.  Isso alegra nosso coração e torna os associados e a comunidade em geral mais felizes e orgulhosos da sua cooperativa.

Uma cooperativa que pratica os valores de acordo com a essência (ajuda mutua, responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade), tem respeito e seu lugar garantido no coração da população.

Os verdadeiros cooperativistas seguem a tradição dos seu fundadores e acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preservação do meio ambiente para o desenvolvimento sustentável.  Se houver contradição a essas tradições e valores, não há como ser cooperativista. Veja que texto bonito este da Organização das Cooperativas de Goiás: Cooperativismo, conceitos e doutrina

Confira no vídeo abaixo minha explicação sobre a tríade do Cooperativismo: Atitude voluntária, filosofia de vida e Sociedade de pessoas em vista de um bem comum.

O Cooperativismo e seus Ramos do Campo à Cidade

No Brasil, o cooperativismo teve origem no campo, onde surgiram os primeiros exemplos com as cooperativas agropecuárias e, estendeu-se para as grandes cidades. Hoje, vemos que as organizações cooperativas atuam em diversos setores da economia.

Para facilitar a organização de acordo com a atuação, representação e interesse de setores da sociedade da economia, as cooperativas foram divididas em treze ramos:

– Agropecuário (produtores rurais);
– Consumo (mercado e armazéns);
– Crédito (soluções financeiras);
– Educacional (escolas de educadores, pais e alunos);
– Especiais (portadores de necessidades especiais);
– Infraestrutura (energia, telefonia e outros);
– Habitacionais (construção e administração de habitações);
– Produção (artesãos, metalúrgicos e outros);
– Mineral ( extração e lavração);
– Trabalho (organização de mão de obra e prestação de serviço);
– Saúde (humana);
– Turismo e lazer (entretenimento, viagens e eventos);
– Transporte (cargas e passageiros).

Para mais informações acesse: Ramos do Cooperativismo

Quando se trata de cooperativismo, há sempre muito que aprender e evoluir. É importante sempre fortalecer e levar mais conhecimento sobre essa doutrina para as próprias cooperativas. Com isso evitamos que, as lideranças, associados e colaboradores deixem de se importar e passem a colocar em prática toda essa essência.

O cooperativismo necessita de constante lembrança e prática de seus valores, princípios, direitos e deveres, além de seguir a legislação atual. Com isso, garante sua sustentação e fortalecimento no mundo atual.

Quem é associado que seja cada vez mais cooperativista. A quem ainda não é fica o nosso convite: associe-se a uma cooperativa ou chame um grupo de amigos (interessados em contribuir para o desenvolvimento sustentável da comunidade) e funde uma. Por quê não?